Estante da Palavra

segunda-feira, 7 de março de 2011

Uma vez...

Longas palavras, até então atadas.
Problemas? Não há temas.
Por fim, quando não há fim tudo é ruim.
Correr, viver, por fim morrer.
Viver, morrer, por fim correr.
Começar, sinal do avesso virado ao contrário.
Na estrada muito ficou.
A roda de de luz caiu junto de um velho sem bengala, que fazia a sua derradeira viagem.
Ao contrário é difícil atingir o outro lado, aquele que se procura quando a morte abraça e beija a morte.
Levantar um alçapão.
Entrar sem razão, olhar a ficção e ter comichão.
Comer um ladrão com a pistola na mão e arrotar sem pedir perdão.
O lixo da lição já obedecida na carne, que gasta pelo tempo apodrece na harmonia que transforma o horizonte.
Gasta de ser uma linha lá estava a vítima, o carrasco, o juiz, o padre, e o cão de lenços de mão furados por dentes afiados.
O cérebro parado como que congelado.
Caminhar só por caminhar.
Acordado vou dormir.
Quero voltar a sonhar.
Sai do lar apanha um táxi e entra em casa.
Quase um dia perfeito mas não estava na hora certa.
A vítima sucumbiu, o carrasco sacudiu, o juiz riu, o padre retorquiu, e o cão fugiu.
Grito sentido na dupla expressão de um rosto.
Longe de um olhar mortífero predador de água pura, que vive sozinho e descalço.
A galinha gorda engoliu o último grão de poeira magra.
E assim começou, uma coisa, uma vez...    

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