Estante da Palavra

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Revolta

Cegos de realidade
Meandros de imaginação
O perceptível não é visto
Feixe de alucinação
Do passado ao futuro
Linhas dispersas
A vida é realidade
De verdades submersas
A morte caiu oca
A fantasia abriu a porta
A terra é a última morada
A realidade é malfadada
De inúteis risos humanos
Do sangue que sobra
Na forma do tempo
O copo transborda
O corpo adormece
E a alma acorda

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Magna Dor

Grito consciente
Único, banal
Passado, presente
Futuro rival
Alma perdida
Corpo despido
Verdade rendida
Rito sentido
Rasgo de luz
Dia, lamento
Pedaço de cruz
Amor, sofrimento
Vida vendada
Lembrança esquecida
Cheia de nada
Na morte cativa